Laboratório de Carbono 14 |
O Laboratório C-14 iniciou atividades em 1990 após comparação de resultados com laboratórios do Canadá e Estados Unidos. Em 1992, participou com sucesso de inter-comparação laboratorial internacional de resultados coordenada pela AIEA, Viena, com mais 68 participantes. Desde então foram analisadas amostras de matrizes orgânicas e inorgânicas, sendo ~70% destinadas aos projetos de pesquisas do Laboratório. Com apoio da AIEA, CNPq e FAPESP, estas pesquisas visam reconstituir a dinâmica milenar da vegetação, clima e marinha em diversas regiões do Brasil. Os isótopos do C da matéria orgânica dos solos (MOS) e das plantas e a análise isotópica de C e N e de pólen de sedimentos lacustres, etc., indicaram o predomínio de plantas C4 (gramíneas) desde o Pleistoceno superior (~13000 anos Antes do Presente - AP) nas regiões S e SE e a expansão dos campos e cerrados sobre a floresta, de ~9000 até ~3000 anos AP, no N e NO da Amazônia e NE do Brasil. Com estes resultados inferiu-se a presença de um clima menos úmido/seco do Holoceno inferior ao médio. Na costa NE do ES, entre ~10000 e 5000 anos AP, os registros polínicos em sedimento lacustre e isotópicos do C da MOS, indicaram a manutenção da floresta Atlântica durante períodos menos úmido/seco do Holoceno, provavelmente devido a umidade proveniente da Amazônia e/ou das frentes frias e úmidas vindas do sul do país. Após, verificou-se progressiva expansão das florestas em clima predominantemente úmido após ~3000 anos AP.
Com o uso dos isótopos do carbono dos solos e das plantas e dos indicadores elementares e isotópicos (C,N,S), biológicos (pólen, diatomáceas, espículas de esponjas, fitólitos) e geoquímicos em sedimentos lacustres, solos de mangue e turfeiras, objetiva-se reconstituir o paleoambiente através dos estudos da dinâmica milenar de vegetação, marinha e climática e relações com as ações naturais e antrópicas, desde a região sul até as regiões Amazônica e nordeste do Brasil. Fragmentos de carvão naturalmente soterrados nos solos e micro-fragmentos encontrados nos sedimentos, também são passíveis de datação, registrando os paleoincêndios (naturais e antrópicos) dos últimos milênios.
- Datação C-14 de amostras inorgânicas e orgânicas via síntese de benzeno e cintilação líquida de baixo nível de radiação de fundo
- Isótopos do C e N e bio-indicadores (diatomáceas, espículas de esponjas, fitólitos e pólen) em estudos de reconstituição paleoambiental (dinâmica milenar de vegetação, marinha e climática e relações com as ações antrópicas e fenômenos naturais).
Vídeo - Mata Atlântica do Espírito Santo tem resquícios de floresta amazônica
Entrevista à CBN/Vitória: A Milenar Amazônia Capixaba
Reportagem jornal Gazeta de Piracicaba
Minuto USP: Pesquisa investiga o passado da Mata Atlântica
Disciplina de Graduação Paleobiologia
Estudos Paleoambientais na Reserva Natural da Vale, ES
Reportagem revista FAPESP - 2009
Especial TV USP - Datação Carbono 14 Parte 1
Cláudia Márcia de Freitas Corrêa
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Cristina Beatriz Salvego
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